Niterói tem mais um motivo para se entristecer. Seu maior jornal parou de chegar às bancas fluminenses neste mês. O Flu para os papagoiabas, o jornal era um dos mais antigos do país, circulando há 144 anos.
Uma espécie de "jornal oficial" de Niterói era leitura obrigatória aos fins de semana ou para quem buscava imóveis na cidade.
Veio gradativamente definhando, já que nos tempos áureos até a rádio de rock de maior audiência no dial do Rio era gerada a partir de sua sede no icônico prédio ao lado da rodoviária de Niterói.
Nos anos seguintes, o tamanho do conglomerado 'Grupo O Fluminense', que já teve canal de televisão na tv a cabo da cidade, foi definhando gradativamente. Em 2020 o grupo foi desmembrado, o jornal trocou de proprietário e a sede emblemática do jornal foi desativada.
Em janeiro o site do jornal começou a não ser atualizado até que, de acordo com a Coluna do Gilson, o acúmulo de salários atrasados fez com que os trabalhadores entrassem em paralisação.
Sem uma posição oficial dos administradores do jornal, não se sabe se a situação de O Fluminense é reversível. De toda maneira, as bancas de Niterói e São Gonçalo já sentem a sua falta e estão mais pobres de informação produzida aqui.
O Radar Rio, que surgiu inspirado pelo Flu, está na torcida para que o jornal volte às bancas o mais rápido possível.