Nesta terça-feira (30), foi publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), um informe sobre a influência do La Niña sobre as temperaturas e chuvas. De acordo com o texto, o fenômeno climático que se desenvolveu pelo segundo ano consecutivo deve durar até o início de 2022.
Segundo o meteorologista do INMET, Mozar Salvador, mestre e doutor em Climatologia, no que se refere a intensidade do atual evento, a maioria dos modelos indica que o La Niña de 2021/2022 provavelmente será de fraco a moderado - ligeiramente mais fraco que o de 2020/2021.
Ainda de acordo com o especialista, mesmo sendo um evento de intensidade fraca ou moderada, as regiões sensíveis aos efeitos do fenômeno no clima devem ficar atentas.
“No Brasil, basicamente duas áreas têm seus padrões de precipitação mais fortemente influencias pelo La Niña. Uma abrange o norte das regiões Norte e Nordeste. Nessas regiões, as chances de se ter um período chuvoso regular ou mais intenso aumentam significativamente. Por outro lado, a Região Sul do Brasil pode ser afetada com maior frequência de estiagens, principalmente durante os meses de verão.”
“Como uma ocorrência de La Niña – ou do evento que apresenta seu sinal oposto, El Niño – nunca é exatamente igual a outra, a intensidade dos seus efeitos e a dimensão das áreas atingidas também varia. Além disso, as condições climáticas dependerão ainda de outros fatores oceânicos e atmosféricos que podem atenuar ou intensificar a influência da La Niña”, explica Mozar. (Fonte: INMET)