Lagoa de Araruama ressurge e passa a abrigar cavalos-marinho

Pescadores e banhistas da Região dos Lagos têm visto o cavalo-marinho em diversos trechos da maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo. O aparecimento da espécie ameaçada de extinção chamou tanto a atenção que o Projeto Cavalos-Marinhos passou a monitorar a laguna, onde mais de 100 animais foram catalogados.



O monitoramento é feito desde maio, em meses alternados, em áreas fixas nas cidades de São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama. Durante o trabalho, são analisados a quantidade, a proporção de machos para fêmeas, de adultos para jovens, o estágio reprodutivo e o tipo de comportamento que eles apresentam.

A espécie cadastrada é o Cavalo-Marinho do Focinho Longo, que é observado na costa brasileira e no litoral do estado do Rio. Além da análise do animal, também é feita a coleta da água. “Examinamos parâmetros como salinidade, temperatura, PH, amônia e nitrito, mas ainda não sabemos a causa do surgimento dos cavalos-marinhos, pois não temos dados científicos robustos para identificar o motivo”, afirmou a bióloga.

A pesquisadora contou que os pescadores que trabalham há mais de 40 anos na Lagoa de Araruama nunca haviam visto cavalo-marinho por ali. “Para a gente ainda é uma incógnita a causa dessa entrada desses animais. É claro que eles acharam um novo ambiente propício para reprodução, tem muitos machos grávidos, jovens, numa proporção típica para a espécie”.

Com 85% das praias com águas próprias para o banho, segundo o último relatório de balneabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), emitido em setembro, a Lagoa de Araruama também é foco de outro projeto: o Imersão.

Realizado pela Universidade Veiga de Almeida em parceria com a Prolagos, o programa faz análises dos parâmetros físico-químicos da água da laguna, com a produção de relatórios técnico e fotográfico trimestrais, assim como levantamento das aves migratórias e residentes na Região dos Lagos. (Agência Brasil)

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