Um esquilo branco raríssimo foi identificado no Parque Estadual da Pedra Branca, localizado na Zona Oeste da capital fluminense. A variação da espécie Guerlinguetus ingrami, conhecida popularmente como Caxinguelê, até hoje só havia sido avistada na Escócia e na Inglaterra. O condutor de trilhas e adotante do Parque, Iarle Wally, fez o registro fotográfico (abaixo).
O Parque da Pedra Branca, uma das 39 unidades de conservação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e uma das maiores florestas urbanas do mundo, é reconhecido internacionalmente como uma área prioritária para conservação de biodiversidade. Os seus quase 12.500 hectares, localizados na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, preservam um remanescente da Mata Atlântica em um ponto estratégico da cidade.
Encontrada na região, a espécie rara é uma variação do esquilo marrom. Sua aparência é causada por uma mutação genética, chamada leucismo, que provoca a perda parcial da sua pigmentação. A condição é diferente do albinismo, que é a ausência completa de melanina.
Devido a sua coloração, o Caxinguelê branco é presa fácil para outros predadores, o que dificulta a chegada de muitos indivíduos à fase adulta. O animal costuma se locomover pela copa das árvores, descendo apenas para buscar alimentos ou enterrar sementes.