Gran Circus Norte-Americano: 50 anos de uma tragédia

Quem vive por essas bandas de cá conhece, nem que seja por ouvir falar, a tragédia envolvendo um circo em pleno Centro de Niterói. O incêndio do Gran Circus Norte-americano completa 50 anos esse mês, mas nunca saiu da lembrança dos mais vividos e muito menos da história da cidade. Em pleno clima de fim de ano, faltando poucos dias para o Natal, uma atração recém-chegada naquela então bucólica Niterói da década de 60, causava expectativa na população que desejava conhecer a novidade. 


A presença do circo se espalhou e se tornou programa obrigatório para as crianças e toda família. Era tarde de domingo de 17 de dezembro de 1961 quando tudo ficou pronto para a estreia e com centenas de pessoas na plateia, incluindo muitas crianças, o Gran Circus, sem explicação aparente, começara a arder em chamas. O material inflamável da lona contribuiu para que o incêndio se alastrasse rapidamente e provocasse pânico absoluto em todos os presentes. O resultado não poderia ser pior: quase 500 vítimas fatais. 

A explicação? O Gran Circus sofrera uma espécie de atentado. Um um ex-empregado ateara fogo na lona do circo numa tentativa de vingar seu desentendimento com a administração. O episódio entrou para a história como uma das maiores tragédias de Niterói e do Brasil. 

Mesmo sendo um terrível episódio na história da cidade, até hoje não existe sequer um monumento em homenagens às vítimas nas proximidades da Praça Expedicionário, onde aconteceu o trágico episódio. Em 2006 o programa Linha Direta Justiça fez um especial sobre o acontecimento e serviu para além de recontar a história para os mais novos, trazer à tona as lembranças deste lamentável acontecimento. O programa pode ser conferido abaixo. 












3 Comentários

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  1. Ouvi falar que foi um líder de sindicato que o obrigou a cometer esse ato insano.
    Lamentável atitude de um empregado revoltado.
    A cidade com tanto problema, ainda tem gente propondo construção de monumento.
    Quero ver quanto vão desviar em mais uma obra farônica.

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  2. Emir, faraônico é coisa da sua imaginação... Acredito que a construção de um monumento seria uma demonstração de respeito à memórias das vítimas, de solidariedade às famílias e compromisso com a história de Niterói.
    Construir ou não um monumento não passa pela resolução dos problemas da cidade.

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  3. Considero esta uma decisão correta! Meu avô estava lá e será sempre uma forma de lembrar dele. Mais um acerto deste belo governo municipal! SALVE Jorge!

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