Eu e minha esposa
acabávamos de chegar a Gramado, na Serra Gaúcha. Debaixo de um frio
estonteante de 5 graus e uma chuvinha fina que sequer permitia
ver a esquina. Foram cerca de duas horas de estrada, chuva e frio entre
o aeroporto
em Porto Alegre e o hotel
em Gramado. Antes
de realizar o chek-in, fomos à agência de turismo para acertar uns
detalhes do nosso passeio. Entramos e fomos recebidos por um simpático
atendente que nos ofereceu os
assentos de sua mesa para atender-nos:
- Sr. fulano e Sr. fulana? Nos perguntou o solícito funcionário
- Sim! Respondemos uníssonos
Com uma simpatia
inenarrável, ele começou a puxar assunto imitando a nossa pronúncia
falando uns “mermo” “xiii” e outras coisas engraçadinhas...
Não satisfeito ele perguntou:
- Então os cariocas vieram curtir o friozinho de Gramado?!?!
Silêncio sepulcral da minha
parte, pensei em corrigir, por um momento achei melhor fazer “vista
grossa”; tentei tolir meu ser blogueiro, olhei
para ela não resisti e decidi que "se é assunto que ele quer, é assunto que ele vai ter..." (pensei “com meus botões”)
Foi então que retruquei:
- Sim viemos curtir esse frio maravilhoso de vocês, mas fluminense também gosta de frio porque passa muito calor no verão.
O atendente boiou completamente, e antes que ele dissesse algo que não sabia o quê ou me achar meio louco, emendei:
-Somos, na verdade, fluminenses, porque não moramos na cidade do Rio...
Ele sem entender bulhufas e
com uma cara de paisagem que até hoje me recordo, continuou sem saber o
que falar... Foi aí que achei que era justo
dar um exemplo prático para que não ficasse com dúvida. Aí que
falei como editor do Radar Fluminense que estava escrevendo mais um post
(algo que estava proibido de lembrar durante essa viagem, repararam que em julho quase não teve post?!?!)
- Todo mundo acha que basta
morar no estado do Rio para ser carioca quando carioca é quem nasce na
capital do estado, a cidade maravilhosa. Quem
nasce no estado do Rio de Janeiro é fluminense. Logo todo carioca é
fluminense, mas nem todo fluminense é carioca.
Explicando que morávamos em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, portanto.
Ele abriu um sorriso de quem achara o esclarecimento interessante, mas eu não estava satisfeito e acrescentei:
- É como se eu chamasse você de porto-alegrense, você me corrigiria dizendo ‘Sou gaúcho, chê!’
Pareceu que ele entendeu, sorriu e concluiu:
- Ah, sim. Fluminenses!
Aí pensei:
- Nessas horas eu queria ser gaúcho!
Editor,
ResponderExcluiré com grande alegria que vejo novamente aberta a oportunidade de contribuir com o mais importante espaço virtual de deliberação dos niteroienses.
Congratulo você e sua esposa por escolherem uma cidade da região setentrional do país para passar as férias. Belo lugar!
Parabenizo também pela galhardia com que defendeu a nossa região, tão oprimida por interesses econômicos e culturais.
Um abraço de seu grande admirador,
Paulo Martins
Viajo o país dando palestras e passo sempre pela mesma situação. Sempre aproveito para frisar a diferença do fluminense e do carioca.
ResponderExcluirVictor,
ResponderExcluiré isso mesmo. Nossa luta não pode parar.
Temos que valorizar o lugar onde nascemos e crescemos ao lado de nossos amigos e familiares.
Paulo Martins