A chuva que está causando tragédia e calamidade no estado tem explicação. Nunca choveu tanto em tão pouco tempo desde que o índice pluviométrico começou a ser medido. Nas últimas 24 horas choveu mais de 288 milímetros, o indíce mais alto era de 245 registrado em 1966. Isso significa dizer que choveu mais que o dobro do previsto para todo o mês de abril. A chuva de ontem para hoje bateu todos os recordes históricos e as consequências se concretizam em tragédia.
Vários pontos de morros deslizaram em Niterói, o Radar Fluminense percorreu no fim da tarde as imediações da Rua São José no Fonseca e ficou assustado com o que viu. Eram muitas clareiras na mata, que soterraram dezenas de casas. Segundo moradores as equipes de Bombeiros e Defesa Civil não conseguiram dar conta de tanta desgraça e em alguns locais o socorro ficou a cargo da própria população. A mesma situação se repetiu em bairros de São Gonçalo, como no caso da Covanca e Engenho Pequeno. Vias ficaram completamente interditadas pelos desmoranamentos de terra como no caso da estrada Velha de Itaipu, da Cachoeira, Rodovia Amaral Peixoto. Quem circulou pela cidade não a reconheceu, ruas alagadas, sujeira, lama, tudo fechado e vazio. Agora é pensar em como reconstruir a cidade após o fim do dilúvio. Um mapa colaborativo foi criado no Google Mapas para que os internautas ajudem a catalogar os locais de alagamentos ou deslizamentos. Para acessar o mapa clique aqui.
Hoje, dia 08/04, pensando eu que era dia de recomeços, acordo com a notícia de mais uma tragédia: o soterramento da comunidade do Morro do Bumba. Fica perto da casa da minha avó, mas graças a Deus, onde ela mora não foi afetado. Porém, não posso dizer o mesmo pelas 200 pessoas(estimativa) que ainda estão desaparecidas naquele lugar. Soube que alunos do colégio onde estudei não sobreviveram, e bate a angústia. As autoridades dizem que não era para existirem casas em cima desse antigo lixão, mas haviam construções de mais de 30 anos lá! Quem deixou que elas permanecessem lá então?
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