O governador parece não querer "pagar para ver" no caso do lixão do Morro do Céu em pleno ano eleitoral em que tentará a reeleição. Ao contrário da prefeitura e seu alcaide, que sequer admitiram que o Bumba era uma bomba-relógio, Cabral sobrevoou a área e viu que também o vizinho Morro do Céu se desenha para uma nova tragédia.
O lixão do Morro do Céu foi criado após o fim do Bumba na década de 80, mas com uma diferença crucial: lá já existiam centenas de famílias que habitavam o então agradável bairro cercado de mata atlântica por todos os lados. Parecendo perceber que o poder municipal está catatônico procurando respostas em meio a microfones e câmeras de todos os canais de televisão do país, o governo estadual assumiu a responsabilidade de evitar que uma nova desgraça aconteça e anunciou que arcará com os custos da desapropriação das casas ameaçadas pelo lixão no Morro do Céu. As casas no Morro do Céu estão desapropriadas desde o último ano do governo Godofredo Pinto, que chegou a pagar e retirar alguns poucos, mas o que não teve continuidade na atual gestão. Essa questão está parada há quase 2 anos e enquanto isso, todos temem que uma catástrofe semelhante possa se repetir no atual lixão. Cabral acerta em assumir o controle da questão diante da inércia do alcaide da cidade, fazendo o papel que seria da prefeitura e evitando que uma nova "bomba-relógio", provocada pela omissão da prefeitura seja detonada em Niterói. (Imagem: o lixão do Morro do Céu visto do satélite/Google Earth)