Essa semana entraram em operação os novos radares ou novos pontos de localização desses radares eletrônicos para fiscalização do trânsito. Confesso não ter conseguido saber ao certo o que de fato é fato: se existirá um número maior de radares ou se eles apenas estão sendo remanejados. No início de novembro as informações veiculadas davam conta que esse número seria dobrado, mas a prefeitura diz que o número permanece inalterado e que a única mudança seria na localização de radares já existentes. Divergências à parte nas informações, o fato é que de qualquer maneira esse assunto causaria polêmica. Vi muita gente manifestar sua indignação pelos sites e blogs contra a instalação dos radares. Mas eu discordo da opinião da maioria. Não acho que os radares eletrônicos são malefícios ao trânsito da cidade, muito pelo contrário eles são a única forma de proteger os motoristas que andam na linha. Todos nós sabemos que o trânsito está cada vez mais violento e com as pessoas descontando no carro ao lado todas suas frustrações e irresponsabilidades. Esse debate chega num momento muito oportuno, em que um caso de violência no trânsito daqui ganhou repercussão nacional, virando notícia até no Jornal Nacional. Argumentos como esses devem nos levar a repensar a fama que os radares eletrônicos têm para a maioria das pessoas e devem servir para que esses equipamentos sejam vistos como formas concretas de preservação das boas maneiras e da segurança no trânsito. Como o excesso de velocidade é o principal responsável pelos acidentes, ao coibir o excesso de velocidade nas ruas e avenidas, os radares tornam o trânsito mais seguro e humano. Na minha opinião é uma pena o número de radares ser tão pequeno, toda rua de circulação média deveria contar com pelo menos um para coibir qualquer tipo de excesso ao volante, porque somente quando “dói” no bolso é que as pessoas se lembram de cumprir as leis. Todos saem ganhando. (Foto: Departamento Estadual de Estradas de Rodagem)