Cabral e o pré-sal: meu estado está sendo roubado

Caros amigos leitores deste humilde blog. Raramente você me vê falando sobre políticos, mas acompanhando os acontecimentos sobre as regras do pré-sal eu resolvi declarar meu apoio ao governador Sérgio Cabral. O governador está travando uma batalha homérica para garantir que os recursos vindos da exploração do petróleo sejam garantidos ao nosso estado. Apenas uma frase serve para resumir o motivo do nosso estado levar -e ter de continuar levando!- a maior parte desses  royalties: o estado do Rio de Janeiro produz mais de 80% do petróleo do país. 

E a minha pergunta é: é justo estados que tem pouca ou nenhuma relação com a exploração de petróleo, estados que sequer possuem litoral receberem a mesma porcentagem de royalties que o estado produtor de 80%???? Claro que não!!! Em meio a essa batalha, um fato em especial provocou a ira de Cabral: o estado do Rio de Janeiro está sendo perseguido pelos estados nordestinos. É a conclusão que se pode chegar diante dos últimos fatos sobre o pré-sal. A história em torno da divisão dos royalties da camada pré-sal está se transformando em uma verdadeira batalha política entre as unidades daa federação. A redistribuição dos royalties do petróleo aos Estados não produtores está no centro da polêmica. Deputados da bancada nordestina querem mudar a distribuição inclusive para as áreas do pré-sal que já estão licitadas. Para o governador o Rio de Janeiro está sendo roubado, já que a maior parte dos recursos vão para o Estado fluminense, que concentra perto de 80% de toda a produção nacional e os nordestinos querem mudar essa regra. Um argumento que deixa muito claro que essa é uma atitude injusta, foi a posição de Miriam Leitão no Bom Dia Brasil de 04/11: "O Rio de Janeiro não está reclamando sem motivo, o estado produz mais de 80% do que o Brasil produz e tem reservas maiores que 80%. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo, juntos, têm uma grande parte, quase todo o petróleo do país. Eles estão unidos nessa briga. [...] Se o Rio de Janeiro fosse um país produtor de petróleo, ele seria o 19º maior. No ano passado, ele produziu 1,5 milhão de barris por dia, isso é mais que o Reino Unido produziu, mais que o Quatar e Indonésia. Se fosse também um país, em termos de reservas provadas, seria maior que a Noruega.” (Miriam Leitão no Bom Dia Brasil – 04/11/2009). E para terminar meu apoio à Cabral fica a informação de que se o estado sofrer essa baixa nesses recursos, Niterói poderá perder algo em torno de 40% de seus royalties.

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