O setor de transportes é o que vai receber o maior volume de investimentos, mas esses recursos ficarão concentrados na própria cidade do Rio mas, mesmo assim, poderão significar benefícios para quem mora na Região Metropolitana. Com um sistema mais organizado na Capital, todo o volume de tráfego das cidades da Região Metropolitana que se destina diariamente ao Rio se beneficiará. Mas é no quesito transporte que mora minha preocupação: a linha 3 do metrô entre Niterói e São Gonçalo. Temo que a obra da Linha 3 fique à sombra dos investimentos do projeto olímpico. O projeto do metrô de Niterói e São Gonçalo não tem relação com o projeto olímpico e está vinculado aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, por isso pode existir o risco de que essa obra tão vital para nós fique para depois. Mas nem tudo está perdido. Há uma vantagem que podemos dar como certa: a construção do Arco Rodoviário Metropolitano. Essa obra não está ligada diretamente ao projeto Rio 2016, mas é um investimento considerado estratégico e complementar aos planos de desafogar o trânsito na cidade olímpica. O Arco Rodoviário possibilitará uma diminuição do tráfego de cargas por vias como a Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói. O Arco Rodoviário já foi destaque aqui no blog, conheça o projeto aqui. Segundo o projeto Rio 2016 o sistema de transportes no Rio de Janeiro é seguramente o setor que vai receber o maior volume de investimentos nos próximos anos. Serão cerca de R$ 10 bilhões, que o governo do estado e a prefeitura vão empregar na ampliação, melhoria e modernização de trens e metrô, BRTs e ônibus para atender às necessidades da população no dia a dia e para adequar o setor à proposta de sediar as Olimpíadas de 2016.