A maior obra de engenharia do estado e umas das maiores do país e da América Latina, uma das maiores ponte do mundo. Adjetivos não faltam para expressar a grandiosidade da Ponte Presidente Costa e Silva, mas a transformação que ela provocou na vida de quem mora nas cidades do Leste Fluminense só nós podemos entender na prática. Num 4 de março há 35 anos atrás, em plena ditadura militar, o presidente Médici fazia a viagem inaugural da ponte em seu rolls royce presidencial. Uma das intenções do Governo Militar para a construção da ponte era exatamente desenvolver a região metropolitana do estado integrando as cidades do Leste Fluminense, sobretudo Niterói e São Gonçalo. Talvez, o que eles objetivavam não teria sido capaz de prever o que a ponte fez pelas cidades. Certa vez numa aula de Geografia, o professor explicava que antes da Ponte, Niterói e São Gonçalo eram consideradas interior do Rio. A distância rodoviária era gigante porque o único acesso terrestre era através de Magé passando pela Baixada Fluminense. Eu não vivi essa época, afinal de contas a Ponte tem mais anos do que eu, mas através de relatos como esse dá para ter uma idéia do que isso significava. Consultei algumas lembranças de pessoas que foram "testemunhas oculares da história" e o tom saudosista de suas lembranças permite sentir o ambiente bucólico e provinciano que predominava por aqui. A Ponte significa muito, arriscaria dizer que significa praticamente tudo no desenvolvimento de Niterói e São Gonçalo. Efetivou as cidades da região Leste Fluminense como integrantes da Região Metropolitana, transformando-as em vizinhas da capital, tanto em distância quanto em questões econômicas e de infraestrutura. Parabéns à Ponte Presidente Costa e Silva pelos seus 35 anos e parabéns à Niterói e São Gonçalo, que há 35 anos começaram a se transformar em novas cidades.